"Onde já se viu...?" - NetSeg

"Onde já se viu...?"

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Hoje eu poderia escrever aqui sobre diversos temas que fazem parte de minha área de trabalho: vendas, motivação, programação neurolinguística, sucesso ou comunicação. Mas, permita-me contar uma história que começou há quatro anos, quando conheci dois ascensoristas com personalidades bem diferentes.

Ao entrar no elevador solicitei que o ascensorista me levasse até o último andar, onde eu teria uma reunião. Comecei a conversar com ele, mesmo percebendo que ele não parecia muito interessado:

- Bom dia, amigo. Tudo bem?

- Como eu poderia estar bem? Demoro duas horas para chegar aqui e outras duas para voltar para casa. Só para passar o dia nessa prisão, vendo os ponteiros de minutos se arrastarem no meu relógio. Ganho pouco e não sei como vou fazer para criar meus filhos. São seis horas por dia, há dez anos, ouvindo a conversa fiada do povo que não me interessa. Faço questão de ficar na minha, pois já cansei de ver gente chata na vida. Meu escritório não tem janela, meu assento é esse banco duro e minha profissão não tem carreira. Aqui é um calor danado. Maldita hora que resolvi não estudar na vida. Subindo e descendo! Essa é minha vida. Ainda bem que esse troço não anda na horizontal, pois já pensou eu ter que ficar levando gente para lá e para cá nos corredores? Como o próprio nome diz, esse troço só eleva a dor... Chegou seu andar.

Após sair do elevador, tentei me despedir, mas não obtive resposta, além de um resmungo incompreensível. Talvez ele tenha pensado: “Mais um chato que me atormenta”, enquanto se adiantava em fechar a porta.

Após a reunião resolvi descer por outro elevador, esperando não encontrar aquele que quase destruiu meu humor, reunião e dia. Eis que ao tocar a campainha e ao abrir a porta, surge um homem de óculos escuros e sorriso cativante:

- Bommm diaaa!!! No que posso ser útil?

- Opa! Térreo, por favor. Vejo pelo sorriso que você é uma pessoa feliz. Respondi-lhe, correspondendo ao seu sorriso.

- Claro, amigo! Sou um homem abençoado por Deus. Tenho um trabalho digno e honesto que paga meus estudos e que me permite ver acima da linha do horizonte. Sempre conheço pessoas especiais, como o Senhor, com quem aprendo algo novo. Esse livro mesmo que estou lendo aqui me ajudará a passar no vestibular. Aproveito todo tempo livre para ler e estudar, seja no ônibus, seja aqui em minha cabine mágica, quando o movimento está fraco. Já aprendi muita coisa sobre política, Administração, Medicina, Odontologia, Contabilidade, mas o que mais me interessa mesmo é o Direito. Aqui nesse edifício tem muitos advogados e estou estudando para ser um Promotor de Justiça. Por enquanto, promovo felicidades, transporte e sempre tenho uma frase motivacional para o pessoal. Veja essa do Albert Einstein: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original”. Cada vez que essa porta se abre e converso com alguém, minha mente também se abre para novos conhecimentos.

A conversa seguia tão boa que nem percebi que havíamos chegado ao meu destino. Como não tinha ninguém ali para subir, resolvi ir mais além e lhe perguntar:

- Posso abusá-lo mais um pouco? Qual é o segredo da felicidade?

- Amigo, não sei dizê-lo, mas garanto que o segredo da minha felicidade é saber que faço a diferença na vida das pessoas através de meu trabalho. Também sei que só serei feliz com as grandes coisas que me acontecerem se aprender a ser feliz com as pequenas que já conquistei. Muitas vezes já recebi proposta de emprego, mas esse me permite estudar quase 6 horas por dia, bem como conhecer pessoas especiais. Sonho um dia entrar num elevador como Promotor de Justiça e dizer ao meu colega de cabine: “Esse elevador tem um poder mágico! Ele pode levá-lo aos andares dos sonhos, onde tudo é possível, desde que você aperte a tecla certa e resolva trabalhar diariamente e com toda fé e entusiasmo possível, em busca de seu andar desejado”. Eu posso, sou capaz e mereço chegar lá! E vou chegar!

Retornando a esse mesmo edifício, há algumas semanas, busquei informações sobre esse meu amigo sonhador, mas encontrei aquele primeiro ascensorista com a mesma expressão facial não convidativa, resmugando e reclamando do desconforto do banco.

Ao perguntar-lhe sobre meu amigo sonhador, ele respondeu: “Aquele avoado tem muita sorte. Não é que ele passou no vestibular e está fazendo Direito. Teve até que mudar de horário. Diz ele que será Promotor de Justiça. O senhor sabia que ele é cego? Onde já se viu um ascensorista cego doutor?”.

Só depois entendi quando meu amigo sonhador disse que aquele elevador lhe permitia ver acima da linha do horizonte. Espero, sinceramente, que meu amigo sonhador chegue ao seu andar desejado. Posso imaginá-lo estudando numa cadeira seis ou mais horas por dia para seu concurso e um dia, vestido como “Doutor”, ele entrará num elevador e dirá ao seu colega que “todo elevador pode sim levar ao andar da realização feliz, o mais alto e sublime pavimento da experiência humana”. E, principalmente, não dê muita bola para quem vive dizendo: “Onde já se viu...?”.

Que andar você deseja chegar em sua vida? Qualquer que seja sua limitação, você jamais chegará a algum lugar melhor e mais feliz enquanto alimentar tudo aquilo que limita seus sonhos. Não existe pior limitação ou prisão do que aquela que você cria para si mesmo, em vez de lutar pelos seus sonhos. Meu amigo ascensorista-cego-sonhador me ensinou que as pessoas sempre enxergarão mais longe com a mente do que com os olhos! E que ou você eleva sua dor, ou você eleva suas realizações... Sobe ou desce? Decida amigo! Sua maior limitação é limitar a si mesmo!

Em caso de sonhos, use elevador!


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