Cinco medidas essenciais que não podem faltar em nenhum negócio - NetSeg

Cinco medidas essenciais que não podem faltar em nenhum negócio

Varejo | 2025-05-29

Com o aumento dos furtos e fraudes no varejo brasileiro, Segurpro dá dicas fundamentais para proteger operações e preservar a rentabilidade dos negócios.

.A atividade varejista no Brasil acontece em um ambiente altamente competitivo, marcado pela pressão sobre as margens de lucro e pelo impacto acumulado da inflação. Nesse contexto, os comércios enfrentam um desafio constante: conter as perdas causadas por furtos, fraudes internas e falhas operacionais.

De acordo com estimativas recentes da base de clientes derivados da Segurpro, empresa de segurança patrimonial do Grupo Prosegur, foram registrados aproximadamente 340 incidentes de segurança nos últimos 12 meses - quase um por dia. As perdas são concentradas principalmente em categorias de alto valor agregado, como medicamentos farmacêuticos, que representam 47% do total das ocorrências registradas e ultrapassam milhões de reais anualmente.

Em termos financeiros, o índice médio de perdas no varejo brasileiro em 2023 foi de 1,57% e representou um prejuízo estimado de R$ 34,5 bilhões, segundo projeção com base no faturamento anual do setor, que gira em torno de R$ 2,2 trilhões. Isso significa que, em comparação a 2022, quando as perdas somaram aproximadamente R$ 32,5 bilhões, o varejo brasileiro amargou um aumento de quase R$ 2 bilhões em perdas no período — um crescimento de 6%, conforme aponta a Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (ABRAPE). 

Diante desse cenário, especialistas em segurança apontam que as soluções tradicionais já não são suficientes. A tendência caminha para modelos mais integrados, em que a análise de riscos, a tecnologia avançada e o treinamento da equipe são combinados para prevenir incidentes e garantir a continuidade dos negócios. Confira abaixo cinco medidas essenciais que todo negócio deve adotar:

- Diagnóstico de riscos conforme o tipo de loja: Cada formato de varejo possui desafios específicos: um supermercado lida com furtos oportunistas em áreas de autosserviço; uma loja de conveniência opera com menos funcionários e maior exposição; já uma loja de moda precisa proteger provadores e áreas de vendas. Por isso, o primeiro passo deve ser um mapeamento completo dos riscos, considerando layout, fluxo de clientes, pontos cegos, horários críticos e vulnerabilidades operacionais. Essa avaliação permite a criação de soluções de segurança sob medida, muitas vezes com ações simples e de rápida implementação.

- Prevenção de perdas com tecnologia especializada: A tecnologia no varejo não apenas melhora a experiência do cliente, como também protege o negócio. Câmeras com inteligência artificial, sistemas de vigilância com análise de vídeo, sensores antifurto, etiquetas eletrônicas (EAS) e controle de estoque em tempo real ajudam a detectar e antecipar furtos, fraudes no caixa e erros operacionais. Varejistas que adotaram soluções integradas relatam redução significativa nas perdas por quebra (shrinkage), especialmente em seções críticas como perfumaria, bebidas, eletrônicos e moda.

- Controle de acessos em áreas estratégicas: Muitas perdas ocorrem fora do salão de vendas: depósitos, câmaras frias, áreas de reposição ou espaços de back office. Controlar quem entra, quando e com que autorização é essencial para evitar furtos internos e garantir rastreabilidade. Sistemas como leitores biométricos, cartões inteligentes ou códigos temporários para fornecedores permitem restringir acessos e gerar registros confiáveis para auditoria.

- Monitoramento remoto com resposta rápida: As soluções de monitoramento remoto permitem vigiar várias lojas simultaneamente a partir de um Centro de Operações de Segurança (iSOC), identificando comportamentos atípicos e acionando respostas imediatas. Em horários noturnos ou em lojas com pouca equipe, essa capacidade de resposta 24/7 pode ser a diferença entre uma tentativa de furto frustrada e uma perda significativa. Além disso, ajuda a reduzir custos operacionais sem comprometer a cobertura.

- Cultura de segurança entre os colaboradores: Cada colaborador é um elo fundamental na cadeia de prevenção. Treinar operadores de caixa, repositores e gerentes em protocolos de segurança, identificação de comportamentos suspeitos e atuação em situações críticas fortalece toda a operação. Uma loja com uma cultura sólida de segurança é mais ágil, resiliente e transmite mais confiança tanto aos clientes quanto à equipe.

“A segurança não pode ser vista como um custo, mas como um investimento estratégico. No setor varejista, onde perdas por furtos, fraudes e erros operacionais impactam diretamente o resultado, antecipar riscos é essencial não apenas para proteger os ativos, mas para garantir a rentabilidade a longo prazo. A segurança protege o presente e cria uma base sólida para o crescimento futuro, oferecendo uma vantagem competitiva que, no cenário atual, é mais valiosa do que nunca”, afirmou Frank Ribeiro, diretor executivo de vendas e marketing da Segurpro.

Em um mercado tão dinâmico como o brasileiro, onde a concorrência é acirrada e as margens são apertadas, a segurança deixou de ser um luxo para se tornar uma necessidade crítica. Cada medida tomada para antecipar riscos é um investimento no futuro. Os negócios que compreendem que a proteção é essencial para o crescimento não apenas sobrevivem, mas prosperam. E em um Brasil onde o varejo nunca dorme, quem não se protege, arrisca-se a perder.