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Insegurança nos Shopping Centers

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O grande movimento nos shoppings de Brasília não é empecilho para a ação de bandidos. Investir em estratégias de segurança pode ser a solução

Há muito tempo a rua deixou de ser o único lugar para a prática de furtos e pequenos delitos. Muitos assaltantes preferem a tranquilidade e o movimento das lojas, dos shoppings e de grandes supermercados. Antes, sinônimo de segurança, os shoppings centers têm sido alvo de assaltos, assustando os funcionários e visitantes.

Em plena luz do dia, os bandidos entram em ação sem o menor pudor ou medo de serem pegos. Na semana passada, uma joalheria foi assaltada dentro de um shopping no centro de Brasília. Dois homens armados entraram na loja, se passando por clientes, e renderam uma funcionária. Os delinquentes roubaram as jóias expostas na vitrine e fugiram sem que fossem percebidos pelos seguranças do mall. Ainda de acordo com depoimentos, não é de hoje que algumas lojas do centro de compras têm sofrido com tentativas de assalto.

De acordo com o presidente do Sindicato de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transportes de Valores do Distrito Federal (SINDESP/DF), Irenaldo Pereira Lima, alguns cuidados podem ser tomados para diminuir esse tipo de crime. “Investir em sistema de segurança podem evitar fraudes e furtos de mercadorias. O lojista tem que precaver-se de todas as formas para coibir a ação de assaltantes”, afirma.

Vale lembrar que a segurança eletrônica não é o único meio eficaz para prevenção de ações de bandidos. Os lojistas devem investir também na contratação de profissionais gabaritados para a área de vigilância. A presença ostensiva nos estabelecimentos traz maior segurança já que os infratores se sentirão ameaçados, principalmente, em estabelecimentos com mercadorias de alto valor. “As câmeras de segurança, por exemplo, podem não inibir a ação dos bandidos, mas colaboram para a identificação deles durante a investigação”, acrescenta o presidente.

Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública, só em janeiro, 400 estabelecimentos foram furtados e 194 roubados. Em comparação com o ano passado, houve um aumento de 41,84%. Para se ter ideia, em 2011, foram registrados 3.390 furtos em lojas, uma média de 282 por mês, número superado no primeiro mês deste ano.

Os números assustam e Irenaldo Lima ainda faz um alerta quanto à idoneidade dos profissionais. Segundo ele, algumas empresas prestadoras de serviço, apesar de oferecerem um preço mais barato, não disponibilizam aos clientes profissionais preparados para exercer a função de vigilante, o que pode custar caro para o contratante. “Essas empresas oferecem mão de obra barata, mas sem o treinamento adequado, como porteiros, garagistas, guardas, vigias, zeladores, entre outros que fazem bico como vigilante. Em alguns casos, o contratado serve como fonte de informações para os criminosos”, completa.

Se um crime ocorre no interior ou no estacionamento de um shopping com segurança “clandestina”, a responsabilidade é do contratante. Afinal, o próprio centro de compras colocou em risco a vida dos clientes e, por isso, tem de sofrer as penalidades exigidas. “A culpa não é do porteiro que foi alocado para a segurança, mas sim do mall que desviou funções”, finaliza o presidente.