Copa e Olimpíadas estimulam investimentos em novas tecnologias de segurança - NetSeg

Copa e Olimpíadas estimulam investimentos em novas tecnologias de segurança

Consultoria |

autor: Ricardo Soares

Com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas, há um interesse crescente no Brasil por parte das empresas e do governo em aumentar a segurança de seus funcionários e da população. O mercado de segurança eletrônica no Brasil movimenta atualmente mais de US$ 500 milhões em vendas de produtos e serviços, através de mais de cinco mil empresas. Tendências em sistemas de segurança eletrônica, com foco em controle de acesso, sistemas de vídeo e detecção de intrusão têm sido discutidas por especialistas para dar respostas ao crescimento da demanda por mais segurança.

Na tecnologia de vídeo, a tecnologia IP ultrapassa a tecnologia analógica. A vantagem dessa tecnologia em relação à analógica é que utiliza o mesmo sistema que a rede de computadores, não precisando de um cabeamento específico. Além disso, a qualidade IP de imagem tende a melhorar, com a captura de imagens em megapixels (milhões de pixels).

Em se tratando de controle de acesso, a tecnologia IP também está sendo cada vez mais usada. A tendência é o uso de cartões inteligentes - que têm um chip e uma antena, e funcionam por aproximação -, pois são muito mais difíceis de clonar do que os de código de barras ou tarja magnética. No caso de áreas de segurança mais restrita, esses cartões inteligentes são associados à biometria, fazendo a leitura da impressão digital e em seguida usando-se o cartão. Como o sistema compara a impressão digital com uma cópia dessa armazenada no cartão, o processo fica muito mais rápido, pois o processamento é feito na própria leitora, não precisando transmitir os dados da impressão digital para um computador central para conferir. Além disso, como há uma dupla verificação, o procedimento se torna mais seguro.

Quanto a sistemas de detecção de intrusão, a tendência hoje é a tecnologia wireless na conexão dos sensores com os painéis, eliminando os fios. Isso torna a instalação muito mais prática e não compromete a decoração do imóvel.

Outra tendência é que a comunicação com a central, que antigamente era feita exclusivamente por linhas de telefone fixas, use cada vez mais chip de telefonia celular. Isso torna o sistema ainda mais seguro, pois no caso da telefonia fixa, se o ladrão cortasse a linha telefônica da residência, o alarme não transmitiria. A telefonia fixa, no entanto, ainda é usada em lugares onde a móvel não funciona de forma eficiente.

A terceira tendência é que esses sistemas evoluam para uma automação residencial, em que o usuário possa, por meio de um telefone celular, comandar a execução de determinadas tarefas, como acender e apagar a luz, ligar e desligar o alarme e visualizar as imagens das câmeras pelo celular. Essa automação é muito útil, por exemplo, quando a pessoa estiver viajando e quiser acender a luz para confundir os ladrões que observam as casas vazias, ou se aproximando de casa e quiser deixá-la iluminada em sua chegada.

Ricardo Soares é Diretor de Desenvolvimento de Negócios em Mercados Emergentes da Tyco Security Products.