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Tecnologia torna casa à prova de invasão

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O aumento nas invasões a residências em Maringá é alarmante. O número de furtos a residência aumentou 247% em março deste ano ante igual período no ano passado. De 40 registros para 139. Já os roubos a estabelecimentos comerciais cresceram 628%, passando de 7 para 51.

Cadeados e correntes já não são suficientes para coibir a ação dos invasores. Um equipamento completo de segurança – que inclui alarmes, cerca elétrica, câmeras, portão elétrico, escolta e até cão de guarda – pode ser adquirido em Maringá a partir de R$ 2.180. Para manter os serviços – monitoramento dos alarmes, cerca elétrica, câmeras e a realização das escoltas – são necessários R$ 530 mensais.

As empresas de segurança apostam na tecnologia para prevenir roubos e furtos. “O delinquente, em geral, vai atrás dos alvos mais fáceis. Ao perceber que um local tem sistema de alarme ou câmeras, ele tende a desistir da ação”, analisa Márcio Chumovski, gerente operacional de uma empresa de segurança de Maringá.

Um dos clientes da empresa sofria, em média, seis arrombamentos por ano e zerou o número de ocorrências após a instalação de câmeras externas. “Atualmente, o cliente consegue acompanhar as imagens das câmeras em seu telefone celular”, diz Chumovski.

Os serviços mais contratados no município são os de alarme e cerca elétrica. Caso o bandido consiga render o proprietário e exija que o sistema seja desligado, é possível alertar a empresa de segurança sem que o invasor perceba.

“É dada uma senha de coação para o cliente, que quando digitada sinaliza para a empresa de segurança que algo está ocorrendo”, explica Chumoviski. “Se o cliente não der retorno, a Polícia Militar é acionada, juntamente com a equipe tática da própria empresa”, acrescenta.

Cães

O mais antigo sistema de segurança patrimonial da humanidade continua funcionando. Empresas se especializaram no treinamento de cães de guarda para a proteção de território e ataque a invasores. “Para que um cão seja treinado em obediência, proteção, defesa pessoal e guarda de território são necessários entre 6 e 7 meses”, afirma Ary Borges da Silva, proprietário de um canil.

Ele explica que os cães mais aptos a finalidade de guarda são os classificados no chamado grupo 2, pela Confederação Brasileira de Cinofilia. “Entre outros, esse grupo inclui o rottweiller e o doberman”, diz Silva. Pastor alemão e pastor belga também são raças utilizadas para guarda.

A mensalidade do treinamento é de R$ 510, mais R$ 70 de matrícula. O cão passa o tempo todo no canil de treinamento, onde a presença do dono é requisitada uma vez por semana, para que o proprietário tenha domínio sobre o animal. “Esses cães vivem cerca de 12 anos e têm uma vida útil, para guarda, de 8 anos”, ressalta Silva.

Cada cachorro pode cuidar de uma área de até 500 metros quadrados, mas os especialistas recomendam que a guarda seja feita por um casal, que funciona de maneira mais eficaz diante de uma invasão.

O adestrador e especialista em comportamento animal, Luiz Baldez, afirma que o treinamento mais completo para cães pode chegar a R$ 5.000. “É preciso ficar atento à procedência do animal, pois muitos cães das raças pastor alemão e rottweiller têm apresentado o problema de displasia coxo-femural, como resultado de mau cruzamento”, alerta Baldez. Esta doença compromete os ossos e articulações dos membros do cão.