CIS discute desafios e oportunidades no mercado de sistemas eletrônicos de segurança - NetSeg

CIS discute desafios e oportunidades no mercado de sistemas eletrônicos de segurança

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Conteúdo do evento destacou a evolução do vídeo monitoramento ,mercado que representa 40% do negócio de sistemas eletrônicos de segurança e traz perspectivas de crescimento expressivas para os próximos anos

Nos últimos dez anos, o mercado de Sistemas Eletrônicos de Segurança vem crescendo com taxas médias de 13% anualmente, valores que devem se repetir nos próximos anos analisando o potencial de crescimento das principais tecnologias do setor, como os sistemas de circuito fechado de TV – CFTV. A afirmação acima foi confirmada durante o VII Congresso Internacional de Segurança (CIS), realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE), em 24 e 25 de novembro, em São Paulo.

Com o tema “A evolução do vídeo monitoramento além da segurança”, o VII CIS – Congresso Internacional de Segurança atraiu cerca de 120 participantes entre empresários, estudantes, associados e profissionais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Norte, Piauí, Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal. Todos interessados em ouvir dos experientes empresários palestrantes, sobre os desafios e, especialmente, as oportunidades para o mercado de CFTV, que representa 40% dos negócios de Sistemas Eletrônicos de Segurança (SES), seguido do mercado de sistemas de alarmes contra intrusos com 26% de participação, sistemas de controle de acesso com 24% e equipamentos de detecção e combate a incêndio com 10% do mercado.

“Nosso mercado é relativamente novo e deverá manter seu crescimento nos próximos anos, seja devido à ampliação do uso das tecnologias pela crescente classe média brasileira, seja devido à demanda do mercado com grandes eventos esportivos nos próximos anos no país, bem como a utilização das tecnologias de SES pelos serviços públicos. Procuramos abordar esses aspectos durante as palestras do CIS, apresentando cases que ilustram a evolução do vídeo monitoramento, a importância da gestão adequada dos sistemas, a infraestrutura necessária para a implementação das tecnologias, além das tendências e oportunidades do setor”, afirma Carlos Progianti, presidente da ABESE.

Mário Filho, diretor da divisão de sistemas da Johnson Controls abriu a programação com a palestra tecnologia IP / HD, falando sobre os projetos com câmeras IP, tecnologias e case de sucesso, como por exemplo, a integração de sistemas tecnológicos para estádios e arenas. Em seguida Marcelo Colareno, diretor da Câmara Argentina de Segurança Eletrônica (CASEL), falou sobre controle de acesso e gestão de identificação, destacando os diferentes tipos de usuários. “A busca por novas tecnologias é constante, mas depende de inúmeros fatores. Por exemplo, acompanhamos todo o avanço da biometria, porém não vimos essa tecnologia se popularizar, por outro lado, podemos contar com sistemas bem acessíveis, contribuindo para popularizar a sua utilização, como o reconhecimento de impressões digitais, cercas elétricas e o monitoramento a distância”.

O diretor da área de monitoramento na Siemens no Brasil, Leandro Martins fez uma breve apresentação sobre o futuro das centrais de monitoramento. Logo após, Márcio Ferreira, gerente nacional de vendas da Intelbrás apresentou a gestão do processo de aquisição à segurança eletrônica.  Encerrando o primeiro dia, Tácito Augusto Leite, diretor da Indra, ministrou sobre a importância da segurança da informação, explicando como proteger o sigilo dos clientes.

Danilo Leandro, gestor de tecnologia e André Campos, gestor de operações da Prosegur, além de abordar a evolução dos sistemas integrados de segurança, também apresentaram o resultado da participação da Empresa no evento Rock in Rio 2011. “Cerca de 500 profissionais estiveram envolvidos na operação que uniu equipe humana e tecnologia para fazer segurança com inteligência. Todos os profissionais que fizeram parte da operação passaram por um rígido treinamento, voltado especificamente para grandes eventos”, comentou Danilo Leandro. “Fazer a segurança de um evento é complicado, precisa de muito planejamento, pois não é fácil lidar com pessoas e isso pode gerar problemas. A segurança de grandes eventos demanda cautela, concentração e inteligência”, concluiu André Campos.

Nesse sentido, o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que está presidindo o Comitê Público Olímpico, falou aos participantes no segundo dia do Congresso reforçando a importância da tecnologia somada à estrutura física para vencer com maestria a grande preocupação com a segurança nos grandes eventos esportivos que serão realizados no Brasil nos próximos anos. “A segurança é a nossa principal preocupação. Por isso, reunir inteligência e tecnologia, cenário permitido com os sistemas eletrônicos de segurança será fundamental para garantir a segurança das atividades, comunidades e demais situações ao redor dos eventos esportivos”, afirmou.

O coordenador do Grupo de Estudos Técnicos de Segurança da Universidade de São Paulo, Ronaldo Pena, destacou um outro aspecto importante abrangendo a infraestrutura para implantação de centrais de vídeo monitoramento, apresentando os projetos de parcerias público-privadas para a implantação dos sistemas em diferentes projetos. Encerrando a sétima edição do CIS, o capitão da polícia militar Márcio Albuquerque, explanou sobre a importância do vídeo monitoramento público e os projetos da PM que envolvem as centrais de monitoramento e a aquisição de câmeras.

“Essa edição do CIS reuniu um público de visão e iniciativa interessado na oportunidade de adquirir conhecimento, trocar experiências, tirar dúvidas e gerar negócios, atitudes fundamentais para a evolução do mercado brasileiro de sistemas eletrônicos de segurança, que em 2010 movimentou a ordem de US$ 1,68 bilhão, e reúne mais de 12 mil empresas atuantes no segmento de sistemas eletrônicos de segurança, gerando cerca de 125 mil empregos diretos e mais de 1,4 milhão indiretos”, completa o presidente da ABESE.