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Segurança com selo catarinense

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Difícil falar em segurança e não pensar logo em alarmes e sistemas de monitoramento para casas e empresas. Saiba que se você for comprar um equipamento desses, existe uma boa chance de que eles tenham sido fabricados em SC, que caminha para se tornar um polo no setor.

São pelo menos 10 empresas que produzem itens de segurança eletrônica. E há espaço para mecanismos mais inovadores. A Spherical Networks, de São José, desenvolve e produz leitores biométricos (que capturam a imagem da impressão digital) para controle de acesso em prédios inteligentes. Os principais clientes, afirma o diretor de marketing da empresa, Arnaldo Timmermann, são bancos e hotéis de todo o país.

O presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Rui Gonçalves, diz que a proximidade entre empresas do mesmo setor facilita o acesso a novos mercados.

– Temos 450 empresas de tecnologia em SC. O crescimento é tão grande, que não dá para ter uma única gestão. A união que está ocorrendo na área de segurança é um modelo para outros setores, como tecnologia para a saúde.

Com mais de 30 anos de mercado, a Intelbras, de São José, que atua nas áreas de informática e telecomunicações, passou a investir em segurança eletrônica em 2007. No ano passado, a empresa participou de feiras nacionais para divulgar produtos – centrais de alarme, centrais de cercas elétricas, interfonia e acessórios. A empresa tem fábricas fora de SC, mas toda a linha de alarmes é desenvolvida e fabricada na sede de São José.

Para o gerente de vendas da unidade de segurança eletrônica, Márcio Ferreira, 2009 representa a consolidação deste nicho dentro da empresa, que, hoje, atinge a marca de 100 mil equipamentos de segurança eletrônica produzidos por mês. O material é vendido no Brasil e em outros países da América Latina.

A presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), Selma Migliori, lembra que o setor manteve um crescimento acima de 10% nos últimos anos, incluindo a participação das prestadoras e distribuidoras de serviço. Selma ressalta que a região Sul é a segunda em número de empresas.

O que está impulsionando esse crescimento, acredita ela, é o desenvolvimento de uma cultura mais preventiva do que reativa. Uma preocupação que ganha espaço também no setor público, com a contratação de serviços de monitoramento para áreas urbanas.

Entre os desafios para manter o ritmo de crescimento, a presidente da Abese aponta a implantação de normas técnicas que regulamentem diferentes itens.

O primeiro projeto aprovado trata das cercas elétricas, mas já existem trabalhos para padronizar a produção e instalação de alarmes e centrais de monitoramento.

Presente em mais de cem cidades de SC, o Grupo Back é um assíduo consumidor da tecnologia desenvolvida no Estado, com serviços voltados para condomínios residenciais, indústria e comércio. O assessor técnico da empresa, Laércio Camilo Leite, diz que 100% dos softwares de segurança usados pelo grupo são desenvolvidos em SC. Na parte de equipamentos, 30% são fabricado aqui, e o restante, comprado fora do Estado.

– Nesta área, a política comercial das empresas de SP e RJ é melhor. Apesar dos equipamentos similares, eles oferecem prazo maior e preços melhores – destaca.